quinta-feira, 28 de abril de 2011

Causas e Consequências de Chernobyl



Para o acidente nuclear de Chernobyl, existem duas teorias oficiais: a primeira foi publicada em agosto de 1986, e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991, e atribuiu o acidente a defeitos no projeto das hastes de controle do reator. Ambas teorias foram fortemente apoiadas por diferentes grupos e o governo. Mas a realidade é que aconteceu a conjunção das duas, sendo que a possibilidade de defeito no reator foi exponencialmente agravado pelo erro humano.

O fator mais importante foi que engenheiro chefe, sabia que os reatores eram perigosos quando submetidos a algumas condições e não observando os parâmetros de segurança dispostos no manual de operação. A negligência levou á realização de um teste de redução de potência que resultou no desastre. Os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo, que anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo. A gerência da instalação era composta em grande parte por um pessoal não qualificado em radioatividade.

Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou toda região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat.

A nuvem de radioatividade que surgiu depois da explosão na usina, contaminou os solos e águas de 137 mil quilômetros quadrados de territórios na Ucrânia, Bielorússia e Rússia. Chernobyl inutilizou ainda 114 mil hectares de terra e 492 mil hectares de floresta, forçando 400 mil pessoas a abandonarem as suas habitações.Mas o maior legado pelo vazamento da radiação em Chernobyl foi mesmo a morte de aproximadamente 4 mil pessoas, segundo dados da Organização das Nações Unidas, a ONU. Atualmente, a radioatividade libertada é associada a aproximadamente dois mil casos de câncer na tiróide. Cientistas israelitas e ucranianos também descobriram evidências de que pequenas doses de radiação podem provocar mudanças no DNA humano e que estas passam para futuras gerações. As análises a crianças, que nasceram depois da explosão de Chernobyl - descendentes de pais que limparam o reator da central nuclear russa - registraram um grande aumento de mutações, que poderão ser de longa duração, revelou o estudo.

O mesmo estudo também aponta que mais de 500 mil pessoas nas próximas gerações podem continuar a ser afetadas pelo maior acidente do gênero da história da humanidade.



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